Entenda os tratamentos que acontecem na indústria
Independente do segmento, todas as atividades industriais causam impacto no meio ambiente. A geração de efluentes (gases e líquidos gerados no processo industrial) é um deles.
Quando não tratados de forma adequada, essas substâncias podem prejudicar muito a natureza, desde a contaminação do solo e da água até problemas como a transmissão de doenças e a poluição atmosférica.
Não é por acaso que a legislação ambiental brasileira obriga as indústrias a fazer o tratamento de efluentes de forma adequada. Afinal, se o descarte de lixo industrial ou comum já é uma situação preocupante, efluentes sem tratamento também consistem em um motivo para alerta.
Dados da Fundação SOS Mata Atlântica (2017) revelam que de 240 pontos de coleta de água (distribuídos em 184 bacias hidrográficas brasileiras), apenas 2,5% apresentam qualidade boa.
Na mesma pesquisa, quase 30% foram avaliados com qualidade péssima quanto 70% estão em situação regular. Neste cenário, investir em recursos, como uma Estação de Tratamento de Efluentes, é mais do que necessário.
Se você se interessa pelo assunto, quer melhorar os processos na sua indústria mas não sabe como, continue lendo. Esse artigo pode tirar as dúvidas que você tem sobre os principais tratamentos nas indústrias!
Estação de tratamento de efluentes: como funciona?
Uma das formas mais eficazes para tratar os efluentes na indústria é a chamada Estação de tratamento de efluentes, também conhecidas por ETEs em conjunto com as estações de tratamento de água (ETA).
Na prática, esses equipamentos servem para fazer a limpeza dos líquidos e remover cargas orgânicas ou tóxicas contidas nesses resíduos.
Tudo funciona por meio de processos físicos, químicos e biológicos, mas cada efluente pode ter mais métodos para tratamento de acordo com o grau de toxicidade dos resíduos.
Independente da indústria e dos efluentes produzidos, há várias etapas do tratamento de agua que devem ser seguidas pelas estações. Quer saber mais? Confira os tópicos abaixo e entenda o que acontece em cada uma das fases.
1. Captação de água
Antes de qualquer processo para tratar a água, todos os líquidos precisam chegar até uma estação de tratamento. Geralmente, a captação da água “bruta” (ou dos efluentes industriais) ocorre com o auxílio de equipamentos complementares. No caso da água, as adutoras (tubulações) ajudam a conduzir a água para esse dispositivo.
2. Coagulação
Nessa etapa, todas as impurezas da água (argila, areia, galhos) são aglutinadas por meio de substâncias químicas, como sulfato de alumínio e cloreto férrico. Essas substâncias são chamadas de coagulantes.
3. Floculação
Depois das impurezas serem agrupadas, a fase da floculação consiste em produzir efetivamente os flocos de água. Esse processo ocorre, geralmente, em tranques de concreto e, dependendo da situação, alcalinizantes podem ser necessários.
4.Decantação
É nessa fase que todos os flocos são separados da água, por meio da gravidade.
5. Filtração
Finalmente a água é filtrada. Geralmente, os filtros são compostos com areia granular e podem ser usados em uma ou mais camadas, no sistema de drenagem.
6. Desinfecção
Mais substâncias químicas são misturadas a água, para remover microorganismos e substâncias tóxicas que causam doenças.
7. Fluoretação
Por fim, a fluoretação da água que vai para as residências e indústrias sofre um processo com base no flúor. De acordo com especialistas, esse processo pode evitar doenças e até mesmo o índice de cáries dentárias em crianças que consomem as quantidades certas da substância desde o nascimento.
Em resumo, todo esse processo é fundamental para garantir a qualidade da água para o consumo e um bom sistema de saneamento basico da população.
Isso é muito vantajoso para todos, pois de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), investir em saneamento é economizar na área de saúde pública.
Além disso, independente do tratamento da água e das etapas, vale lembrar que as indústrias precisam cuidar dos efluentes, pois essas substâncias podem afetar totalmente a preservação das bacias hidrográficas e a própria indústria em si.
Afinal, além das máquinas e dos outros mecanismos de trabalho, a maioria das indústrias precisam de água potável para manter a produção rodando. Já pensou em uma empresa de alimentos sem água potável? Pois é.
Assim como as residências, as empresas também dependem de uma rede de abastecimento dessa substância, e o tratamento de efluentes e da água é essencial nesse cenário. Para a indústria de alimentos, sobretudo, porque:
- Sem água tratada, o produto não tem um padrão de qualidade;
- Os riscos de vender alimentos contaminados são maiores;
- A indústria provavelmente perde alvarás e licenças de funcionamento.
Ou seja, cuidar desses pontos é uma via de mão dupla: é fundamental para o meio ambiente, mas também potencializa a qualidade e o trabalho feito nas indústrias. Mas quem faz tudo isso? Como recorrer à esses serviços? Confira no tópico seguinte!
Empresas de Tratamento de Efluentes
Por mais simples que seja o efluente, fazer o tratamento adequado desses resíduos produzidos pela indústria requer uma série de tecnologias e um padrão de qualidade rigoroso.
Por isso, as Empresas de Tratamento de Efluentes (ETE) são uma alternativa interessante. Isso porque, na prática, além de garantir a destinação correta dos efluentes, esse tipo de parceria pode proporcionar vantagens para a rotina das indústrias, como:
- Redução dos trabalhos operacionais;
- Redução de custos;
- Otimização de tempo;
- Cumprimento da Lei Nº 12305/2010 de resíduos sólidos.
É importante destacar também que nem todas as indústrias contam um espaço e profissionais qualificados para construir uma estação de tratamento e manuseá-la corretamente.
Nesse contexto, investir em uma Empresa de tratamento de efluentes industriais certificada por esses serviços é uma boa alternativa. Afinal, quando a água ou os efluentes não são tratados, a indústria gera uma série de problemas ambientais, mas também pode perder a licença de funcionamento e ser responsabilizada pelas leis de crimes ambientais.