Economia verde passa a valorizar empreendimentos
A legislação ambiental vigente no país é uma das mais abrangentes, influenciando em todos os setores da economia. Não é possível instalar uma indústria, um centro comercial ou uma área residencial sem o consentimento de órgãos públicos e atendimento pleno às medidas impostas de maneira apropriada.
A Política Nacional do Meio Ambiente, sob a lei número 6.938/81, permite o desenvolvimento social e econômico da população, mas com vistas para que o meio ambiente seja recuperado, melhorado e preservado, assegurando condições apropriadas à vida de forma digna.
A fiscalização é realizada de maneira constante, para preservação da natureza, muito diferentes de outros tempos, em que a poluição do ar e dos rios, o desmatamento de matas e florestas e a caça de animais era realizado sem nenhuma limitação.
Monitoramento atende às regras de uso do solo
A aquisição de um licenciamento ambiental deve passar por vários processos, firmando compromissos de fiscalização constantes, principalmente, quanto à atuação e minimização eficiente no impacto sobre o meio ambiente.
Dentre os vários trâmites burocráticos e legais está a licença de operação para permissão de funcionamento de um empreendimento comercial, industrial ou residencial.
A requisição deve ser solicitada após a edificação suspensa, para que seja verificado todas as medidas de controle ambiental de forma eficiente e conforme especificações tratadas entre as diversas licenças, como:
- Prévia, referente às etapas de planejamento;
- Instalação, após após aprovação de projeto;
- Memorial descritivo de obra;
- Pagamentos de taxas e custos de licenciamento.
Durante todo o processo de instalação e funcionamento, os empreendimentos passam a ser acompanhados por órgãos ambientais fiscalizadores. As vistorias são realizadas para a verificação constante, observando se as exigências estabelecidas estão sendo cumpridas.
A renovação de licença ambiental depende dos dados coletados ao longo de um período determinado, podendo ser cancelado se for observado qualquer irregularidade.
Dessa forma, as empresas responsáveis devem ter profissionais atuantes, para que tenham todas as informações atualizadas, documentos regularizados e métodos de controle de poluição, sob qualquer aspecto, dentro dos padrões de conformidade.
Empresas atuam na valorização de resíduos
A economia verde está intimamente ligada a todos os processos dentro da transformação industrial, de diversas formas e conteúdos. A produção de mercadorias que podem ser reaproveitadas se encaixa em uma importante fatia mercadológica.
A implementação de materiais recicláveis nas mais variadas linhas de produção criou novos empreendedores, ofertas de vagas de trabalho e menor poluição, com relativa participação importante da sociedade.
O reaproveitamento de objetos presentes no dia a dia das pessoas se tornou uma constante.
As empresas também passaram a fazer parte dos processos de proteção ao meio ambiente, com a disponibilidade em reaproveitamento de peças e recepção de material com capacidade de transformação, aplicando a logística reversa dentro das fábricas e indústrias.
Entre os produtos muitos produtos que se encaixam nesse processo, podemos destacar:
- Pilhas e baterias;
- Pneus veiculares;
- Lâmpadas de vapor, fluorescentes e mistas;
- Produtos eletrônicos e componentes relacionados.
Outros produtos que podem ser reciclados são o papel, o vidro, o plástico e o metal. A reciclagem de papelão, aliás, é um dos mais importantes produtos dentro da indústria verde.
Como muitas embalagens são fabricadas com este tipo de material e seu descarte é imediato após a formalização da compra de um equipamento eletrônico ou um eletrodoméstico, as empresas se aproveitam para transformar em novo material, em um ciclo positivo para a natureza.
Novos materiais na construção civil
Outro setor que se adaptou à nova realidade e ao reaproveitamento de matéria-prima reciclável foi a construção civil.
Antes os canteiros de obras realizavam os trabalhos e não se preocupavam com o descarte de resíduos sólidos provenientes do concreto, restos de madeira e ferro utilizados ao longo dos trabalhos.
Muitos telhados e coberturas residenciais recebiam telhas de amianto, prejudicial à saúde dos moradores e também do meio ambiente, quando descartados de maneira incorreta.
Para melhorar a qualidade do ar interior dos imóveis, este tipo de material foi descontinuado dentro das indústrias, passando a ser substituído por telhas ecologicamente corretas, com matéria-prima resistente e todas as outras características necessárias para o usuário final.
Essa adaptação foi apenas uma das várias implementadas no setor da construção civil. A contratação de mão de obra especializada, o melhor aproveitamento dos terrenos e da luz natural tem sido fundamental para a proteção ao meio ambiente.
A coleta entulho e o encaminhamento para indústrias de reciclagem também já são uma realidade. Dois exemplos distintos são, primeiro, a transformação da madeira descartada de uma obra em compensados voltados para a construção de móveis.
O segundo se trata do reaproveitamento de concreto, massas e pedras em britas para o calçamento de ruas e passagens urbanas, assim como a construção de bancos e pisos formado por brita. É a economia verde valorizando os empreendimentos, onde quer que eles estejam.